24 de ago. de 2009

ENTREVISTA EXCLUSIVA: VICTOR & LEO NO FANTASTICO


Victor e Léo começaram a fazer sucesso com R$ 13 na conta
Fantástico embarca na caravana de Victor e Léo, a dupla que já vendeu mais de 1,5 milhão de discos.

Abre Campo, interior de Minas Gerais. Os irmãos de classe média tinham duas paixões: a pesca e a música.

“O primeiro violão que eu toquei estava jogado na casa. Era do meu pai e da minha mãe. Tinha uma coisa sobrando ali, eu peguei aquilo e primeiro comecei a fazer uns barulhos percussivos, na madeira. Achei coisa mais linda do mundo”, conta Victor.

Foi em Uberlândia, Minas Gerais, que o Fantástico encontrou os irmãos. Na cidade, Leo constrói seu paraíso, a fazenda com tudo o que ele tinha na infância. O primeiro show, ainda adolescentes, foi em um barzinho em Abre Campo. “Eu nunca imaginei um dia ganhar um sanduíche e uma coca cola por ter cantado. Foi nosso primeiro cachê”, diz.


Mas uma tragédia familiar muda tudo. O pai vai embora, deixa os dois, a irmã mais moça e a mãe em dificuldade financeira. Vitor e Léo vão para Belo Horizonte. Em vez da planejada faculdade, cantam para ganhar dinheiro e ajudar a família, que eles protegem com a privacidade.

“Minha esposa, Tatiana, e meu filho, Matheus, são parte do Leonardo Chaves e não do Léo, do Victor e Léo. É por isso que eles estão aqui sempre e não aparecem na mídia”, afirma.

O casamento foi em São Paulo, onde Victor e Léo foram tentar o sucesso, que demorou a chegar. Para sobreviver, tiveram até que vender os violões.

“A gente tinha R$ 13 na conta. E 13 foi o nosso número da sorte. Sem violão, sem lugar pra ir, sem grana, a única coisa que a gente tinha era fé”, conta Victor.

Com a fé, apareceram os primeiros convites, eles gravaram o próprio CD, que foi copiado, reproduzido, pirateado e tocado nas roupas do interior. O primeiro show foi em Uberlândia, em 2006 – depois de 14 anos de estrada.

“Todos nós choramos em ver as pessoas cantando nossas músicas. A gente olhava e não acreditava. Todo mundo estava cantando ‘Fada’ e ‘Amigo apaixonado’, o CD inteiro”, lembra Leo.

Dois palcos estão em constante deslocamento pelo país. Eles fazem quatro shows por semana. A cidade de Catalão, no interior de Goiás, é o show de número 126 só este ano. Na cidade de 80 mil habitantes, 40 mil pessoas vieram ver Victor e Léo.

“Eles transmitem energias muito boas que contagia”, diz a auxiliar administrativa Cristiana, de Uberlândia.

Parece o final feliz. Mas, quando tudo deu certo, Victor entrou em depressão.

“É aquela questão. Quem não tem dinheiro para quase nada, acha que quando for rico vai ser feliz. Depois, você vai ver que não tem nada a ver isso. Eu fiz terapia durante um ano. Às vezes, ainda faço. É uma forma de me ajudar”, diz Victor.

“Mas eu tenho uma terapia melhor para indicar para todos: montar a cavalo”, diz Léo.

Em cima de um quarto de milha, Léo faz o que gosta: apartação. O objetivo é separar um bezerro e impedir que ele volte a se juntar ao rebanho. O cantor tem até medalhas no esporte. E Victor acompanha, mas a sua grande paixão é outra: tocar violão.

Os irmãos dizem que quase não brigam. As desavenças eram resolvidas ao redor de um violão, tocando uma música que era um hino dos irmãos, há 14 anos.

“A gente não pensava em gravar essa música, a gente a tinha como um hino de paz, de harmonia de conforto, para nós mesmos”, conta Victor. A música é tema da novela “Paraíso”.

E como anda a vida amorosa de Victor?

“Eu estou solteiro, mas não estou sozinho. Temos poucas oportunidades, para encontrar alguém especial. Tem uma última canção que fiz, bem recente, chamada ‘Beijo de luz’. Foi para uma mulher muito especial, realmente muito especial. Eu continuo solteiro, mas não deixo de gostar de alguém e também não estou sozinho”, revela o cantor.

Festa do Criança Esperança, poucas horas antes do show de Barretos. Até o rei Pelé reverencia os novos ídolos.

“Eu admiro muito a personalidade, o caráter e o talento que eles têm. São maravilhosos. Eu sou muito fã”, confessa Pelé.

A dupla mistura tantas influências que faz música mestiça, como o Brasil.

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